Para os pés, a sugestão são as ankle boots de salto fino.
Erika Ikezili - O ponto de partida da criação dela foram os furoshikis, ou seja, pedaços de panos coloridos usados como embrulho no Japão. Tal inspiração resultou num patchwork em tecidos de cores diferentes numa única peça.
A silhueta feminina foi valorizada pelas calças justas nas pernas e com o quadril um pouco mais largo. A cintura é alta e na parte de cima se destacam as camisas de mangas bufantes ou os boleros. O origami foi usado como técnica na confecção de alguns vestidos ou nos laços que adornam as roupas.
Oestúdio - A coleção Fashionz'Olhos da Oestúdio baseou-se na incapacidade humana de enxergar as coisas simples do cotidiano. A cegueira serviu de mote para criar roupas em que a parte da frente é igual à de trás.
Tecidos texturizados com bolinhas em alto relevo deram forma à camisas enfeitadas por pequenos nós. A modelagem foi ampla nos vestidos com bolsos laterais.
Na passarela, um vaso sanitário produzia bolas de sabão e a trilha sonora deu lugar a uma declamação de poema sobre a cegueira.
Ellus - O jeanswear é o ponto alto do inverno 2009. Dos mineradores e de outros tantos trabalhadores - chamados de hardworkers -, a grife resgatou o aspecto rústicos da lavagem do brim, que varia do quase preto até as tonalidades mais claras de cinza. As roupas das mulheres são masculinizadas com a modelagem volumosa em bermudas, macacões e calças.
Os acessórios recolocam na moda parte da indumentária dos hardworkers, como o coturno, as luvas e os chapéus de caubói.
Mas o melhor do desfile ficou por conta da presença da modelo britânica Agyness Deyn, que abriu o desfile da Ellus com exclusividade.
Na primeira entrada, a loira de cabelos curtos e descoloridos usava um macacão de gancho baixo em jeans black. No encerramento, por sua vez, o modelito era formado por um casacão sobreposto à bermuda com a barra virada.
Wilson Ranieri - O estilista pretendia trazer a elegância da mulher dos anos 10 e 20 do século XIX e o reflexo da fonte inspiradora é a modelagem um pouco afastada do corpo com recortes nas costas e no colo.
Franzidos e dobraduras no tecido apareceram praticamente em todos os vestidos que variam nos tons de bege, rosa e lilás. Pequenos florais em lilás e vermelho deram o colorido à coleção e os paetês deram brilho às peças off-white com flores maiores na estamparia.
V.Rom - Os looks quebraram a seriedade da alfaiataria por meio da reconstrução de elementos clássicos, como o terno e o colete. A grife propõe o encontro do hippie com o rock. O toque setentista é visto no xadrez das camisas e dos conjuntos de bermuda e paletó.
Os blazeres ficaram mais agitados e um pouco mais curtos. As calças têm a barra curta, na altura do tornozelo.
Essa linha de inverno retirou os calçados masculinos da condição de coadjuvante, afinal, os tênis de couro com cano bem alto não passaram despercebidos.
Animale - A estilista Cláudia Jatahy construiu peças pesadas para proteger o corpo feminino do frio. Sua intenção era transpor para os casacos uma representação estilizada da musculatura que se transformou em relevos localizados nas mangas. Com o intuito de deixar o visual mais leve, a marca propõem usá-los sobre vestidos fluidos.
A paleta de cores envolve o rosa, o lilás, o bege, o cinza e o flúor (aquele amarelo fosforecente). Mas os metalizados em azul, verde e furtacor se destacaram entre os tons sóbrios.
Para completar, a Animale investiu nas ankle boots (botas na altura dos tornozelos), com a ponta metálica.
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