quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

SPFW - 2º dia - 19/01

O 2º dia de SPFW começou com o desfile da Isabela Capeto, que retirou da Escandinávia a inspiração para os looks de inverno. Os vestidos apareceram tanto nos modelos que seguem até os tornozelos quanto os mais curtos, um pouco acima dos joelhos. Babados e pregas deram movimento às peças de tecidos mais leves.
A estamparia foi composta por enormes flores coloridas que apareceram em diversas peças.

Ronaldo Fraga buscou as referências da nova coleção na peça Giz , criada, em 1988, pelo dramaturgo mineiro Álvaro Apocalypse. Ronaldo quis mostrar uma reflexão existente entre o novo e o velho, ele encontrou seu êxito ao montar um casting diferenciado. Nada de modelos altas e magras, mas apenas pessoas reais: alguns ainda nos seus primeiros anos de vida e outras já com mais de 60 anos. A apresentação, em geral, queria traduzir a sensação de casa abandonada com móveis antigos cobertos por lençóis e cheia de ratos roendo roupas esquecidas no fundo do armário.
Já os looks sugeriram conforto, todos bem larguinhos e com uma modelagem bem afastada do corpo.

Alexandre Herchcovitch usou o dadaismo, o cubismo e o surrealismo para compor a linha inverno 2009. O punk alemão também influenciou sua criação e foi percebido nas luvas de couro.
Os paetês apareceram na seqüência de vestidos curtos que misturaram o pink ao lilás e o dourado ao azul, além de estarem também nas leggins usadas sob shorts. Alguns babados foram aplicados em alguns pontos das roupas, sendo meramente decorativos. A seqüência de modelitos mostrada ao final trazia um trabalho primoroso no tecido que, desfiado, dava a impressão de ser pele.


Forum Tufi Duek apostou no lado selvagem feminino. Para realçar essa característica, o estilista trouxe da cavalaria elementos que pontuaram a coleção como as franjas, que apareceram nos cachecóis, e no vestido de estilo melindrosa. Os trajes de montaria influenciaram toda a linha. Os coletes trouxeram a alfaiataria para o frio de 2009, assim como os vestidos que se assemelham a blazeres acinturados.
Durante todo o desfile, um telão gigante na boca de cena mostrava cavalos correndo em paisagens selvagens. O animal foi usado não só na cenografia, mas também na estamparia.


Do Estilista (Marcelo Sommer) - Marcelo investiu no mix de estampas para a próxima estação da Do Estilista. Em um único look juntaram o xadrez, a risca de giz e as estampas de rostos de pessoas. A alfaiataria foi o carro-chefe da coleção, porém, o estilista a atualizou em calças largas de gancho baixo para os rapazes. A proposta é usar com tênis para um visual moderno e despojado.
A grife também entrou na onda das franjas como a Forum Tufi Duek. No desfile, elas enfeitaram os ombros de camisas que, aliás, são a peça-chave do guarda-roupa feminino. Para os bofes looks com jaquetas e paletós.


Lino Villaventura sempre surpreendendo. O estilista deu indícios da inspiração oriental por meio da modelagem das roupas, os looks todos em preto careciam dos tons vibrantes de vermelho e dourado, tão comuns nos trajes da região asiática. Contudo, a brincadeira do estilista foi revelada ao final do desfile quando os modelos voltaram em fila indiana e, as roupas anteriormente negras, tinham ganhado o colorido do roxo, do mostarda e do azul. Não foi mágica, mas sim a engenhosidade de se contruir peças dupla-face.
Lino ainda usou tecidos texturizados, às vezes plissado e em outras com nervuras, os materiais deram forma a vestidos bem estruturados e com corte geométrico.

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